@MASTERSTHESIS{ 2024:1941611249, title = {Estudo in vitro da diversidade genética e dinâmica de adaptação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV) durante ciclo de transmissão}, year = {2024}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/896", abstract = "Introdução: O vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV) é um vírus de RNA fita simples, de polaridade positiva, pertencente à família Flaviviridae, gênero Orthoflavivirus. Junto com outros vírus já conhecidos, como o vírus da dengue (DENV), o vírus do Oeste do Nilo (WNV) e o vírus da Encefalite Japonesa (JEV), são integrantes dos arbovírus, um grupo de vírus capazes de ser transmitidos a partir de um vetor artrópode. Apesar de não ser considerado um problema de saúde global como outras arboviroses, o SLEV já causou surtos no Brasil e apresenta potencial para ocasionar novos surtos e epidemias no futuro. Objetivos: Este estudo visou avaliar a variabilidade genética e a dinâmica adaptativa do SLEV, em cultura de células, durante os ciclos de transmissão entre o hospedeiro invertebrado e o hospedeiro vertebrado, assim como a dinâmica adaptativa, em nível intrahospedeiro, para cada um de seus hospedeiros. Materiais e Métodos: Os ciclos de infecção interhospedeiro e intrahospedeiro foram mimetizados em cultura de células, em linhagens de mosquito (Aag2) e de primata (LLC-MK2), onde a diversidade genética do SLEV entre as passagens de cada ciclo e ao final dos ciclos foi avaliada com o sequenciamento de nova geração. Resultados: De forma geral, muitas mutações se fixaram na população, sendo 82,45% sinônimas. No ciclo interhospedeiro, entre todas as mutações, as NS2A:T3727C e NS2B: C4576A se fixaram com uma modulação entre 30% e 70% durante as passagens. A Infecção nesse ciclo foi interrompida de forma antecipada, após a segunda passagem, uma vez que o vírus coletado nesse ponto perdeu infectividade, possivelmente por conta da emergência de inúmeras substituições. Para o ciclo intrahospedeiro em linhagem de vertebrados, houve uma fixação de 99% para as mutações NS1:R100K e NS4B:77075C. Por último, no ciclo em invertebrados a E:H285R emergiu e alcançou uma frequência de 61%. Do ponto de vista fenotípico, nos ciclos interhospedeiro e intrahospedeiro vertebrado, um fenótipo menor de plaque viral ocorreu, com impacto direto no aumento do título. Conclusão: Esses dados sugerem que as passagens intrahospedeiro, seja em linhagem de mosquito ou em primata, exercem pressões seletivas distintas que direcionam a rápida evolução do SLEV, com impacto direto no fenótipo de plaque viral e no fifness replicativo. Comparativamente, a alternância de hospedeiros aparentemente impõe uma barreira maior para a evolução viral. A dinâmica evolutiva e adaptativa do SLEV aos diferentes hospedeiros ainda é uma grande questão, mas os achados aqui descritos proporcionam caminhos para possivelmente entender como esse arbovírus se comporta em seu ciclo de infecção, assim como ele se adapta a novos potenciais hospedeiros.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }