@MASTERSTHESIS{ 2024:471427834, title = {Avaliação das alterações endoscópicas e histológicas de pacientes que se infectaram por COVID-19: estudo retrospectivo}, year = {2024}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/892", abstract = "INTRODUÇÃO: O surgimento e disseminação do SARS-CoV-2 desde dezembro de 2019, trouxe grandes desafios à saúde pública global. Pacientes com a COVID-19 também podem apresentar sintomas gastrointestinais com sequelas que incluem: perda de apetite, náusea, refluxo ácido e diarreia - comuns em pacientes mesmo após três meses da infecção. O exame endoscópico mostra-se anormal em boa parte dos casos com grande heterogeneidade nos achados. OBJETIVO: Avaliar as alterações endoscópicas e histológicas de pacientes com história prévia de infecção por COVID- 19. MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados os prontuários e registros de 102 pacientes com informações das variáveis sexo, idade, estatura, IMC, motivo da realização do exame de endoscopia digestiva alta (EDA), tempo de semanas decorridos entre o diagnóstico da COVID-19 e a realização da EDA, comorbidades, uso de medicamento e achados endoscópicos e histopatológicos. RESULTADOS: A média de tempo decorrido desde o diagnóstico de COVID-19 e a realização da endoscopia foi de 28,09 +- 14,59 semanas. Cerca de 41% dos pacientes apresentaram algum grau de obesidade. Os principais motivos para a realização da EDA foram: refluxo gastroesofágico (5,88%), dor abdominal (25%), epigastralgia (10,78%), pré-operatório de cirurgia bariátrica (10,78%) e rotina (30,39%). No que se refere ao uso de Ivermectina, em torno de 46% dos entrevistados optaram pelo seu uso. Quanto ao uso da hidroxicloroquina, apenas cinco pacientes fizeram uso durante a infecção. Ao todo 27,44% das endoscopias apresentaram algum grau de esofagite erosiva; 67,65% apresentaram corpo gástrico endoscopicamente normal e 49,02% apresentaram gastrite enantematosa do antro gástrico. Duodenites foram menos frequentes, sendo descritas em menos de 10% dos exames realizados. Sobre o uso de medicamentos, pacientes que fizeram uso de Hidroxicloroquina durante o tratamento da Covid-19 tiveram chance de apresentar 14, 73 vezes mais achados endoscópicos de corpo gástrico do que os que não fizeram o uso. Com o uso de Amoxacilina, encontrou-se uma probabilidade 19,6 vezes maior de alterações esofágicas. Já os pacientes com diabetes mellitus tiveram chance 5,6 vezes maior de ter alterações esofágicas e 7,57 maior de ter alterações duodenais quando comparados a indivíduos hígidos. CONCLUSÃO: Os dados estatísticos demonstraram uma probabilidade maior de achados endoscópicos em pacientes com comorbidades e com uso de antibiótico confirmado no período da infecção. Diversos fatores podem justificar os resultados encontrados, como a amostra expressiva de pacientes portadores de obesidade. Devido à média longa do intervalo entre a infecção e a realização da EDA; novos estudos são necessários para avaliar se possíveis sintomas gastrointestinais tardios e alterações endoscópicas podem ser justificadas pelo contato prévio com o vírus.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }