@MASTERSTHESIS{ 2023:274303929, title = {Influência do diabetes mellitus na infecção aguda por dengue durante epidemia de 2019 em São José do Rio Preto, SP}, year = {2023}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/873", abstract = "Introdução: A dengue, um problema persistente de saúde pública desde o seu surto inicial na década de 1950, registou um aumento global significativo nas taxas de incidência e mortalidade nas últimas três décadas. Embora, a dengue normalmente se apresente como uma doença febril autolimitada; alguns casos podem progredir para formas graves e potencialmente fatais, particularmente em casos de presença de infecções heterólogas secundárias. Pesquisas recentes exploraram fatores de risco adicionais sobre infecções secundárias, incluindo condições de saúde subjacentes, mesmo em indivíduos sem exposição prévia à dengue, especialmente aquelas associadas à disfunção endotelial e à inflamação crônica. Objetivo: Este estudo examina a ligação entre diabetes e o desenvolvimento de dengue grave em pacientes sem experiência de dengue durante um surto de 2019; destacando o papel do diabetes como fator de risco na gravidade da dengue. Material e métodos: Este estudo transversal foi baseado em dados obtidos de prontuários informatizados e fichas de notificação de pacientes com dengue confirmada, cadastrados em coorte hospitalar de casos febris agudos entre dezembro de 2018 e novembro de 2019, em São José do Rio Preto, SP, Brasil. Foram registrados 769 casos de dengue confirmados laboratorialmente, identificados por meio de DENV RT-PCR ou teste de antígeno NS1. Posteriormente, investigamos a presença de anticorpos IgG antidengue e anti-Zika para examinar a história dessas duas infecções. Após análises laboratoriais, três grupos foram delineados: virgens/controle, histórico de Zika e histórico de dengue. As amostras com resultados positivos tanto para dengue quanto para Zika foram excluídas das análises desde o início. Resultados: Inicialmente, idade superior a 59 anos, diabetes, hipertensão, doença renal, doença péptica, além de não ter dengue, foram associados à maior frequência de casos graves e potencialmente graves. A análise univariada de regressão logística binária identificou idade acima de 59 anos, diabetes, doença renal, doença péptica e hipertensão arterial, juntamente com a presença de anticorpos IgG anti-Zika, como fatores de risco; enquanto a presença de anticorpos anti-dengue foi considerada protetora. Quando analisamos exclusivamente amostras naives, o diabetes foi destacado como fator de risco independente para formas graves de dengue. Conclusões: Neste estudo, investigamos o diabetes como um fator de risco independente para dengue grave em indivíduos sem exposição prévia à dengue ou ao Zika. Esta descoberta é preocupante dada a prevalência global da diabetes e o seu potencial impacto mesmo naqueles sem exposição prévia à dengue. O reconhecimento destes fatores de risco é crucial para o desenvolvimento de estratégias de tratamento eficazes para reduzir a morbilidade e mortalidade associadas à coexistência destas doenças.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }