@MASTERSTHESIS{ 2023:449725003, title = {Violência autoprovocada na população brasileira: uma revisão de escopo}, year = {2023}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/831", abstract = "Objetivo: Analisar as publicações sobre a violência autoprovocada, que abordem a relação entre a causalidade e o cometimento, na população brasileira. Método: Trata-se de uma revisão de escopo utilizando protocolo Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). A questão de estudo foi: Qual a relação entre o acometimento e a causalidade da violência autoprovocada na população brasileira? Construída a partir da estratégia PCC (P: população – brasileira; C: conceito – violência autoprovocada; C: contexto – relação de causalidade e cometimento). A seleção dos estudos ocorreu entre junho e julho/2023, nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no portal de periódicos CAPES utilizando os seguintes descritores indexados, em inglês, da plataforma Decs/ Mesh (https://decs.bvsalud.org/): Self-Injurious Behavior; Suicide; Violence; Causality; Health Policy; Social Determinants of Health; Risk Factors; Brazil; Suicide, Assisted, combinados por marcadores boleanos. Os artigos foram analisados a partir da análise de conteúdo de Bardin, sendo elencadas três Unidades Temáticas, a primeira, Causalidade – Fatores intrínsecos, a segunda, Causalidade – Fatores extrínsecos e a terceira, Cometimento. Resultados: Foram incluídos 13 artigos, em que foram identificados como fatores intrínsecos: ser mulher, estar em idade de transição (ou da infância para a adolescência ou da adolescência a adulto jovem, mulheres mais cedo e homens mais tarde) ser negro, ter baixa escolaridade, estar em transtorno de depressão ou ansiedade, abuso de substâncias, ter transtorno psíquico, tentativas anteriores, sequelas de doenças crônicas, solidão, adição às plataformas digitais, imaturidade, paixão pelo risco, busca de popularidade, desafios e monetização da vida (principalmente em adolescentes). Os fatores extrínsecos predominantes foram ter dificuldade de acesso a serviços de saúde, ter atendimento inadequado, despreparo dos profissionais da saúde e/ou da escola, desemprego, dependência financeira de outro ou família com renda familiar inferior a um salário mínimo, o processo da pandemia, aumento do tempo de tela, distanciamento social, histórico familiar de suicídio, violência na escola, violência familiar (principalmente na infância), distanciamento do núcleo familiar e/ou da escola em razão da identidade de gênero. As formas de cometimento resultantes das interseccionalidades intrínsecas e extrínsecas foram em sete artigos ligadas ao comportamento suicida (ideação, tentativa e suicídio) e em sete artigos ligadas ao comportamento de autolesão não suicida (automutilação). Identificou-se como lacunas de conhecimento pouca representatividade de populações vulneráveis (indígenas, policiais, profissionais da saúde, idosos, trans e gêneros não binários e até o homem branco, autismo). Conclusão: Uma complexa rede de fatores interage e influencia a violência autoprovocada, assim, não há como definir a causa direta que precipitou o ato, porém a amostra de artigos revelou fatores que predispõem o aumento das taxas. A determinação social foi reforçada pelos dados encontrados, expondo vulnerabilidades e necessidades de políticas públicas diante das iniquidades sociais. Também na importância dos serviços de atenção primária à saúde e do preparo; capacitação e valorização dos profissionais que atuam nos territórios onde a vida acontece. Assim este estudo tem um relevante impacto social por mapear as publicações nacionais sobre a temática e apontar as lacunas que envolvem estes estudos, identificando as possíveis populações para novos estudos.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Faculdade 1::Departamento 2} }