@MASTERSTHESIS{ 2023:524043878, title = {Satisfação e sobrecarga de trabalho e sua relação com o sofrimento psíquico de profissionais de saúde mental na pandemia COVID-19}, year = {2023}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/821", abstract = "Objetivo: Avaliar a saúde geral, a satisfação e a sobrecarga no trabalho dos profissionais que atuavam em centros de atenção psicossocial durante a covid-19 e analisar a influência da satisfação e da sobrecarga no trabalho na saúde geral desses profissionais. Métodos: Estudo correlacional, desenvolvido com trabalhadores de Centros de Atenção Psicossocial de um município do interior de São Paulo: um CAPS álcool e drogas III, um CAPS álcool e drogas II, três CAPS infantis e dois CAPS II adultos. A população foi composta por todos os profissionais que atuavam no cuidado direto aos usuários (n=98). Os critérios de inclusão estabelecidos foram: ser trabalhador com vínculo empregatício firmado com a entidade mantenedora, atuar no serviço pelo período mínimo de seis meses e aceitar voluntariamente participar do estudo. Foram excluídos os trabalhadores que não desempenhavam atividades de cuidado direto com os pacientes (agentes administrativos, auxiliares de limpeza, copeiro e vigilantes), aqueles que estavam em gozo de férias ou afastados por licença-saúde. A amostra não probabilística por conveniência foi constituída por 53 profissionais (taxa de resposta: 54,08% da população): enfermeiros (n=11 – 73,3%), médicos (n=9 – 52,9%), assistentes sociais (n=4 – 57,1%), psicólogos (n=13 – 65%), fonoaudiólogos (n=2 – 66,6%), educador físico (n=1 – 100%), terapeutas ocupacionais (n=2 – 40%), técnicos e auxiliares de enfermagem (n=4 – 25%) e oficineiros (n=7 – 58,3%). Para a coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: caracterização sociodemográfica, escalas de avaliação do impacto (IMPACTO-BR) e da satisfação (SATIS-BR) dos profissionais em serviços de saúde mental e o Questionário de Saúde Geral (QSG-12). Resultados: A satisfação global dos profissionais dos CAPS foi moderada (3,67±0,45). Quando analisadas as subescalas, o relacionamento com os colegas (subescala 4) alcançou a melhor avaliação (4,01±0,60), e as condições de trabalho (subescala 3) obtiveram a menor média (3,42±0,57). A sobrecarga profissional dos trabalhadores do CAPS foi leve, com escore global de 1,82±0,63. Considerando-se as subescalas, a menor sobrecarga recaiu sobre a saúde física e mental dos profissionais e a maior sobrecarga apresentada foi nas repercussões emocionais, tais como frustração, cansaço, sintomas depressivos, estresse. Em relação à saúde geral dos profissionais, a média dos escores do QSG-12 foi de 1,87±2,20, mediana 1 e valores mínimo e máximo de 0 e 8 pontos, respectivamente. Parcela significativa da amostra 17/53 (32,07%) apresentou pontuação igual ou maior que três pontos, indicando presença de sofrimento psíquico merecedor de atenção. As questões com maiores pontuações foram sobre a capacidade de manter a atenção nas atividades que realiza e sobre o sentimento de estar constantemente tenso e nervoso. A análise de regressão linear múltipla demonstrou que indivíduos com elevada sobrecarga de trabalho têm 1,39 vezes mais chances de apresentar sofrimento psíquico e aqueles com baixa satisfação no trabalho dispõem 1,23 vezes mais chances de apresentar sofrimento psíquico. Conclusões: Os profissionais que atuavam em centros de atenção psicossocial durante a covid-19 apresentaram baixa sobrecarga e satisfação no trabalho moderada. A elevada sobrecarga profissional e a baixa satisfação no trabalho foram variáveis preditoras de sofrimento psíquico. Essas evidências sublinham a necessidade de maior investimento na promoção da resiliência no profissional e da qualidade de vida dele no trabalho, inclusive para diminuir os efeitos prejudiciais ocorridos em surtos epidêmicos/pandêmicos.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Faculdade 1::Departamento 2} }