@MASTERSTHESIS{ 2023:792313551, title = {Violência autoprovocada: perfil de pacientes atendidos em Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi)}, year = {2023}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/807", abstract = "A violência autoprovocada em crianças e adolescentes é um importante problema de saúde. Este estudo teve como objetivo caracterizar e descrever pacientes de CAPS Infantis de São José do Rio Preto com violência autoprovocada. Método: estudo descritivo documental, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos por meio da análise dos prontuários de pacientes atendidos entre janeiro de 2019 a dezembro de 2021, identificados pelas equipes dos CAPSi(s) como pacientes com violência autoprovocada. A coleta foi realizada com instrumento construído pela pesquisadora e a análise exploratório dos dados foi realizada com o software IBM-SPSS Statistics versão 29. Resultados: foram identificados 225 prontuários, a maioria (n = 182) do sexo feminino e cursando ensino fundamental II - 6º ao 9º anos (n =116). Os encaminhamentos para o CAPSi foram realizados principalmente pela Emergência Psiquiátrica (n = 69), por demanda espontânea (n = 48) e pela Unidade de Saúde (n = 38). Havia antecedentes de transtornos mentais em familiares (n = 198), inclusive suicídios e tentativas, e a maioria residia com a genitora (famílias monoparentais). Automutilação foi a forma mais frequente de violência (n = 199) e ocorreu principalmente com cortes nos membros superiores (n = 184); em 148 dos casos analisados houve tentativa de suicídio, especialmente com a ingesta de medicamentos (n = 120); em 102 casos a presença de ideação suicida estava anotada no prontuário; foram notificados 146 casos, dos 225 casos identificados embora os profissionais sejam obrigados a notificar. Em 117 casos foi relatada violência sofrida anteriormente: sexual (n = 71), física (n = 40), psicológica (n = 47) e negligência/abandono (n = 13). O uso de drogas lícitas e ilícitas foi observado em 47 jovens, sendo as mais frequentes xvii álcool (n = 32), maconha (n = 21) e múltiplas drogas (n = 5). Os diagnósticos atribuídos com maior frequência aos jovens foram transtorno do humor (n = 178), transtorno da personalidade (n = 66) e transtornos da ansiedade (n = 57). Até o término da coleta de dados, 110 continuavam em atendimento pelo CAPSi; 115 haviam encerrado o atendimento por alta da equipe (n = 34), abandono ou alta solicitada (n = 55), transferência para outro serviço (n = 10), mudança de cidade (n = 10). O tempo médio de tratamento junto ao CAPSi foi 17,4 meses (±9,7 meses). Não houve correlação de uso de álcool e drogas com a violência autoprovocada, apontando para outros fatores predisponentes. Conclusão: Houve predominância de famílias monoparentais, com antecedentes familiares com transtornos mentais e pacientes adolescentes vítimas de violências anteriores, com automutilação (cortes) nos membros superiores e inferiores. Foi identificada a ausência da notificação obrigatória por violência autoprovocada, por parte de alguns serviços que atenderam a criança ou adolescente.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade 2::Departamento 3} }