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http://bdtd.famerp.br/handle/tede/892
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Avaliação das alterações endoscópicas e histológicas de pacientes que se infectaram por COVID-19: estudo retrospectivo |
Título(s) alternativo(s): | Evaluation of endoscopic and histological changes in patients infected with COVID-19: retrospective study |
Autor: | Azôr, Fernanda Oliveira ![]() |
Primeiro orientador: | Quadros, Luiz Gustavo de |
Primeiro membro da banca: | Santana, Marcelo de |
Segundo membro da banca: | Kaiser Junior, Roberto Luiz |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O surgimento e disseminação do SARS-CoV-2 desde dezembro de 2019, trouxe grandes desafios à saúde pública global. Pacientes com a COVID-19 também podem apresentar sintomas gastrointestinais com sequelas que incluem: perda de apetite, náusea, refluxo ácido e diarreia - comuns em pacientes mesmo após três meses da infecção. O exame endoscópico mostra-se anormal em boa parte dos casos com grande heterogeneidade nos achados. OBJETIVO: Avaliar as alterações endoscópicas e histológicas de pacientes com história prévia de infecção por COVID- 19. MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados os prontuários e registros de 102 pacientes com informações das variáveis sexo, idade, estatura, IMC, motivo da realização do exame de endoscopia digestiva alta (EDA), tempo de semanas decorridos entre o diagnóstico da COVID-19 e a realização da EDA, comorbidades, uso de medicamento e achados endoscópicos e histopatológicos. RESULTADOS: A média de tempo decorrido desde o diagnóstico de COVID-19 e a realização da endoscopia foi de 28,09 +- 14,59 semanas. Cerca de 41% dos pacientes apresentaram algum grau de obesidade. Os principais motivos para a realização da EDA foram: refluxo gastroesofágico (5,88%), dor abdominal (25%), epigastralgia (10,78%), pré-operatório de cirurgia bariátrica (10,78%) e rotina (30,39%). No que se refere ao uso de Ivermectina, em torno de 46% dos entrevistados optaram pelo seu uso. Quanto ao uso da hidroxicloroquina, apenas cinco pacientes fizeram uso durante a infecção. Ao todo 27,44% das endoscopias apresentaram algum grau de esofagite erosiva; 67,65% apresentaram corpo gástrico endoscopicamente normal e 49,02% apresentaram gastrite enantematosa do antro gástrico. Duodenites foram menos frequentes, sendo descritas em menos de 10% dos exames realizados. Sobre o uso de medicamentos, pacientes que fizeram uso de Hidroxicloroquina durante o tratamento da Covid-19 tiveram chance de apresentar 14, 73 vezes mais achados endoscópicos de corpo gástrico do que os que não fizeram o uso. Com o uso de Amoxacilina, encontrou-se uma probabilidade 19,6 vezes maior de alterações esofágicas. Já os pacientes com diabetes mellitus tiveram chance 5,6 vezes maior de ter alterações esofágicas e 7,57 maior de ter alterações duodenais quando comparados a indivíduos hígidos. CONCLUSÃO: Os dados estatísticos demonstraram uma probabilidade maior de achados endoscópicos em pacientes com comorbidades e com uso de antibiótico confirmado no período da infecção. Diversos fatores podem justificar os resultados encontrados, como a amostra expressiva de pacientes portadores de obesidade. Devido à média longa do intervalo entre a infecção e a realização da EDA; novos estudos são necessários para avaliar se possíveis sintomas gastrointestinais tardios e alterações endoscópicas podem ser justificadas pelo contato prévio com o vírus. |
Abstract: | INTRODUCTION: The emergence and spread of SARS-CoV-2 since December 2019 has brought major challenges to global public health. Patients infected with COVID-19 may also experience gastrointestinal symptoms with sequelae that include: loss of appetite, nausea, acid reflux, and diarrhea - common in patients even three months after infection. The endoscopic examination is abnormal in most cases, with great heterogeneity in the findings. OBJECTIVE: To evaluate endoscopic and histological changes in patients with a previous history of COVID-19 infection. MATERIAL AND METHODS: The medical records and records of 102 patients were analyzed with information on the variables: gender, age, height, BMI, the reason for performing the upper digestive endoscopy (EDA) examination, time in weeks elapsed between the diagnosis of COVID-19 and the performance of EDA, comorbidities, medication use and endoscopic and histopathological findings. RESULTS: The average time elapsed since the diagnosis of COVID-19 and the endoscopy was 28.09 +- 14.59 weeks. Around 41% of patients had some degree of obesity. The main reasons for performing EDA were gastroesophageal reflux (5.88%), abdominal pain (25%), epigastric pain (10.78%), preoperative bariatric surgery (10.78%), and routine (30 .39%). Regarding the use of Ivermectin, around 46% of those interviewed chose to use it. Regarding the use of Hydroxychloroquine, only five patients used it during the infection. In total, 27.44% of endoscopies showed some degree of erosive esophagitis; 67.65% had an endoscopically normal gastric body and 49.02% had enanthematous gastritis of the gastric antrum. Duodenitis was less frequent, being described in less than 10% of the exams performed. Regarding the use of medications, patients who used Hydroxychloroquine during COVID-19 treatment were likely to present 14.73 times more endoscopic findings of the gastric body than those who did not use it. With the use of Amoxicillin, there was a 19.6 times higher probability of esophageal changes. Patients with diabetes mellitus were 5.6 times more likely to have esophageal changes and 7.57 times more likely to have duodenal changes when compared to healthy individuals. CONCLUSION: Statistical data demonstrated a greater probability of endoscopic findings in patients with comorbidities and confirmed antibiotic use during the infection period. Several factors may justify the results found, such as the significant sample of patients with obesity. Due to the long average interval between infection and the EDA being carried out; further studies are needed to assess whether possible late gastrointestinal symptoms and endoscopic changes can be justified by previous exposure to the virus. |
Palavras-chave: | COVID-19 COVID-19 Sindrome Respiratória Aguda, Grave Severe Acute Respiratory Syndrome Endoscopia Endoscopy Sindrome de Pós-COVID-19 Aguda Post-Acute COVID-19 Syndrome |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto |
Sigla da instituição: | FAMERP |
Departamento: | Faculdade 1::Departamento 1 |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Citação: | Azôr, Fernanda Oliveira. Avaliação das alterações endoscópicas e histológicas de pacientes que se infectaram por COVID-19: estudo retrospectivo. 2024. 58 f. Dissertação( Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://bdtd.famerp.br/handle/tede/892 |
Data de defesa: | 20-Mai-2024 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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DISSERTAÇÃO - FERNANDA OLIVEIRA AZÔR.pdf | Documento principal | 13,38 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
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